domingo, 20 de setembro de 2009

A Origem do MPT.BR

Introdução

Na década de 60 os softwares eram desenvolvidos com baixo nível tecnológico, os testes ficavam a cargo dos Analistas e programadores. O foco nesse momento era apenas demonstrar que o software estava funcional. À medida que a tecnologia evoluía, softwares mais sofisticados eram desenvolvidos, impactando diretamente na realização dos testes que desta vez se focaliza na detecção dos defeitos, erros e deficiências existentes no software, definição das capacidades e limitações e o fornecimento de informações sobre a qualidade dos componentes, sistemas e outros produtos. Mas, o grande problema neste momento estava em quem realizava tais processos, pois eram realizados pelos próprios usuários e testadores sem experiência. Embora desde a década de 70 já existir trabalhos mostrando que o teste precisava ser re-estruturado (Em 1979 Glenford Myers publicou aquele que atualmente ainda é considerado um dos melhores livros de teste de software existentes no mercado, sob o título de “The Art of Software Testing” (publicado por John Wiley and Sons Inc. em edição revisada em 2004)) foi a partir da década de 90 que o teste de software, enfim, recebe um novo olhar. Os holofotes agora estão sob a perspectiva da prevenção. Assim como comprovado por Myers, quanto mais cedo encontrar e corrigir um defeito, mas barato se torna para empresa. Desta forma inspeções são realizadas nos artefatos do software, possibilitando a detecção e redução de defeitos logo nas fases iniciais do desenvolvimento.

Com a sofisticação dos softwares, processos de maturidade no desenvolvimento de software foram criados para se garantir cada vez mais a qualidade do produto. Em conseqüência, Processos de Teste surgiram para atribuir uma melhoria contínua aos serviços de teste. Atualmente vários são os processos destinados a Teste de Software. Citando alguns deles temos :

• Testability Suport Model (TSM);
• Testing Maturity Model (TMM);
• Test Process Improviment (TPI) entre outros.

Alguns desses modelos tiveram origem a partir de um modelo de processo de software, como por exemplo o TMM, cuja base original é o CMM.

Aplicar algum desses modelos de teste no mercado brasileiro é um tanto quanto trabalhoso e caro, pois não existem entidades responsáveis pela manutenção no Brasil, não são fáceis e nem baratos de se implementar.

Uma nova perspectiva de Processo de teste no Brasil

Tendo como fundamento toda história em torno de “Teste de Software” e a realidade do mercado brasileiro de desenvolvimento de software, em novembro de 2007, após avaliações, análises e comparações Emerson Rios chega à conclusão de que mais do que criar um modelo de maturidade independente para o processo de teste de software temos, a primeira vista, o privilégio de implementar o que por ele foi chamado de processo compartilhado, ou seja, o MPS.BR (modelo criado com base no CMMI, normas ISO 12207 e 15504, para melhoria do processo de software brasileiro – seu foco é tornar possível a implementação do modelo nas empresas de pequeno e médio porte) é flexível ao ponto de se enquadrar completamente a realidade de uma fábrica de teste, a partir do momento em que o teste é tratado como projeto como relata o autor:


“Os métodos usados para testar software evoluíram à medida que os sistemas tornaram-se maiores, mais complexos e destinados a variados ambientes. Os testes passaram a ser executados por equipes especializadas e as empresas criaram áreas dentro de sua estrutura organizacional para cumprir esse papel. Passamos a ter projetos e processos de teste, que como tal são passíveis de melhorias. Há diversos modelos de maturidade de teste, entretanto o autor os considera desnecessários, propondo que seja utilizado o MPS.BR como modelo de maturidade...” (Rios, Emerson)


Algumas adaptações seriam necessárias e estas seriam em função da diferença entre os documentos adotados para o projeto de software e de teste.

Não tendo esta proposta aceita pelo MPS.Br. A ALATS em parceria com a RioSoft dão início ao desenvolvimento de um modelo de maturidade de processo de teste baseado no MPS.Br. Este modelo, que atualmente consta com os níveis 1 e 2 desenvolvidos e em implementação com projetos piloto, é chamado de MPT.BR (Melhoria do Processo de Teste Brasileiro).

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